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BOA NOITE, MINHA CINDERELA.

  • eraquaseamor
  • 12 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 17 de mar. de 2021

Mônica era uma mulher exuberante. Se vestia bem, devido ao alto cargo que ocupava na empresa. Bonita, inteligente e comunicativa, sempre estava nas altas rodas da sociedade. Mas, o que a fazia feliz realmente era a família que tinha construído. Casada com o grande amor da sua vida há mais de dez anos e duas filhas gêmeas que eram a razão da sua alegria. Família feliz e profissional bem sucedida. Tudo que uma mulher sonha na vida.


Numa tarde de quinta-feira, Marcus Vinicius, chefe de Mônica, pede para que ela compareça ao seu escritório. Precisava que ela participasse de uma convenção em outro estado naquele final de semana.


" Tudo bem, Marcus, organizo meu marido e minhas filhas e partimos na sexta-feira depois do expediente"


"Não, Mônica. Infelizmente você não poderá levar sua família. Não temos mais vagas no hotel e nem no avião"


Mônica ficou decepcionada, mas sabia que era importante participar desta convenção.


E lá foi ela, numa imersão de três dias de trabalhos, palestras e jantares intermináveis.


No sábado, depois do jantar, havia uma festa na programação. Ainda bem que Mônica havia levado um vestido próprio para a ocasião.


Ela estava simplesmente maravilhosa. Um vestido todo em pedraria, que deixava suas curvas ainda mais em evidência. Um salto alto e maquiagem de divas do cinema. Linda, elegante e sorridente.


Já na entrada da festa, um grupo de empresários a recebeu com carinho e uma boa conversa. Apesar de não estar com o marido, Mônica se sentia segura e confiante. Sabia lidar com eventos sociais.


No meio da noite, um conhecido deputado puxou uma polêmica da qual Mônica dominava o assunto. E, logo, os dois estavam sozinhos debatendo o tema.


Um amigo do deputado chega perto deles e entrega um uísque com bastante gelo. Mônica nunca havia bebido uísque mas, distraída com a conversa, aceitou.


A partir deste momento, Mônica não se lembra mais de nada. Abre os olhos, o silêncio em nada parece aquele som alto da festa que estava. Olha em volta e vê que está num quarto do hotel. Mas não era o quarto dela.


Assustada, olha para o lado e vê o deputado dormindo. Naquele momento, Mônica em silêncio sente o coração disparar, a cabeça rodando e aquele sentimento estranho de se sentir um lixo como mulher, mâe e esposa.


Ela não conseguia lembrar como havia chegado ali. O que aconteceu naquela noite? O que falaria para o marido? Como olharia para as filhas?


Mônica se levantou correndo. Percebeu que ainda estava com o vestido de pedras. Pegou os sapatos e saiu do quarto às pressas. Chorando, correu pelos corredores até chegar no seu quarto. Ela não estava acreditando que aquilo tinha acontecido.


Parou em frente ao espelho. Maquiagem se desfazendo... cabelo bagunçado... e um coração em pedaços.


Sua roupa estava intacta. Isso garantia a certeza de que nada mais grave aconteceu. Não houve abuso sexual consumado. Mas, abuso moral, desrespeito...


Mônica, ligou para o marido e explicou o que aconteceu.


Foram segundos de silêncio ao telefone. Um silêncio que parecia nao ter fim. Até que seu marido respondeu:


"Volte pra casa, meu amor. Eu cuido de você."


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