UM PRESENTE DE AMOR VERDADEIRO

Leonardo só queria uma namorada linda, charmosa, inteligente, engraçada e "ninfomaníaca". Era assim que ele brincava, dizendo aos amigos....

Era sábado, 16h, Leonardo recebe uma mensagem de Renato.

"E aí, cara! Festa na casa da Natália hoje, vamos? Ela convidou a Rita, uma amiga que é um avião de mulher".

Leonardo logo se empolgou. Quem sabe era a chance de encontrar o amor da sua vida.

E, lá foi ele. Lindo, perfumado e estreando a camisa nova que comprou no mês passado.

A festa rolava divertida, até que tudo parou quando Rita chegou. Na porta, uma mulher de 1,80, cabelos longos que voavam com o vento (Meu Deus, de onde vinha aquele vento??), vestido vermelho esvoaçante, salto alto e pernas de fazer qualquer homem morrer entre elas.

Ela parecia uma deusa grega, uma miragem, uma cena de filme da Netflix.

E nada mais fazia sentido naquela festa... estava hipnotizado.

Renato logo puxou o amigo para apresenta-lo àquela mulher. Ela, aos 23 anos. Ele, com 27. Nada mal, não é mesmo?

Leonardo ficou ainda mais encantado quando ganhou dela o primeiro sorriso. E que sorriso... parecia que o mundo parava quando ela sorria. E, a partir daí, a conversa rolou descontraída. Ela era tudo o que ele queria... linda, inteligente e engraçada... a parte da "ninfomaníaca" ele não tinha como saber naquele momento.

No dia seguinte, um oi no whatsapp garantiu a atenção da moça e, logo, marcaram um novo encontro. A partir daí, se encontravam todo dia... O dia todo... para um passeio no shopping, um churrasco com os amigos, para a festa de 83 anos de uma tia avó, para uma noite quente de amor ou apenas para ficarem grudadinhos, comendo brigadeiro de colher e assistindo filme. Eram parceiros, companheiros, melhores amigos. Era um casal que chamava a atenção. Eram lindos, altos e muito sorridentes e comunicativos.

Leonardo estava feliz. Se sentia revigorado, apaixonado. Aquela mulher preenchia cada segundo da sua vida com tanta alegria, que ele queria viver aquilo pra sempre. Leonardo fazia tudo por ela. Café na cama, surpresas ao longo do dia, bilhetinhos escondidos, presentes a qualquer hora, ligações de madrugada. Cuidava dela quando estava doente, ajudava a descer as escadas quando ela estava de salto, abria a porta do carro. Um homem apaixonado e apaixonante. Mas, Rita já não correspondia na mesma moeda.

O primeiro recado veio numa manhã de domingo... Leonardo chega na cozinha e percebe que Rita está lavando a louça. A moça logo diz para o namorado:

"Não se acostume. Se pensa que vou passar a vida inteira lavando louça por você, está muito enganado".

Leonardo deu um leve sorriso sem graça, de quem não entendia o comentário, mas preferiu deixar de lado. Era tão bom tê-la por perto...

Foram três meses intensos, de amor, dedicação e carinho. Ele a amava com tanta intensidade e verdade. Até o dia em que Rita chega fria, cruel e inconsequente: "Leonardo, eu não quero mais. Não gosto do seu beijo, acho você sem graça. Seu abraço não me esquenta. Não tenho paciência com suas piadinhas".

Com um olhar triste e profundo, Leonardo não conseguiu dizer nada. Abaixou a cabeça e Rita foi embora.

No dia seguinte, o rapaz decidiu que não ia perder a amada. Ele era feliz com ela, era real. Se sentia forte, poderoso e corajoso quando estava ao lado dela. Não podia deixar essa história acabar dessa forma. Preparou uma seleção de músicas que gostavam, copiou num pendrive e colocou num enorme buquê de flores com um cartão que limitava a dizer o que realmente era importante naquele momento: "Eu te amo". E mandou o motoboy entregar.

As horas passavam em silêncio e a tristeza apertava ainda mais o coração de Leonardo... até ele lembrar que tinha uma festa naquela noite. Ele sabia que ela estaria lá. Era um evento importante para ela. Se arrumou, exatamente como fez quando se conheceram.

Na festa, esperou ela chegar, como sempre, estonteante. "Ah, como ela é linda!" Abriu um sorriso tão especial que era impossível ela não ver.

Rita foi em sua direção, mas fingiu não conhecê-lo. Ignorou completamente a presença de Leonardo. Aquela atitude devastou o coração daquele rapaz.

Ele foi embora, embriagado de tristeza. Chorou a noite toda. E nos dias seguintes também. Chorou até esvaziar o peito de tanta dor. E era muita dor...

Dois meses depois...

(a história continua.... *Para adquirir o livro Era Quase Amor, clique aqui.)