JUNTANDO OS CACOS
- eraquaseamor
- 6 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de mar. de 2021
Era para ser uma brincadeira online, um joguinho de irresponsabilidades, uma fantasia baseada em postagens do Instagram.
Era para ser apenas um vinho e uma noite de sexo sem compromisso como outra qualquer.
Para isso, uma primeira investida por mensagem de texto no Facebook. Opa! Deu certo! Conexão realizada com sucesso!! Logo, uma mensagem por voz, para usar uma arma poderosa dele: a voz sedutora e envolvente. Mais uma etapa bem sucedida.
A partir daí, ele analisava cada passo dela para entender o quanto queria beijar aquela boca e viver um único momento de prazer.
E, de mensagens nas redes sociais, a conversa passou para o Whatsapp. E a voz dela também o agradou.
Logo, começaram os telefonemas e as trocas de confidencias.
Ela não tinha limites. Se envolvia em histórias inacreditáveis, sorria por estar viva, contava sobre seu dia e se divertia falando com ele.
Aquela atmosfera deixava o homem hipnotizado.
Aquela atmosfera deixava a mulher hipnotizada.
Não havia contato físico mas, estranhamente, era como se houvesse.
A cada ligação, um desejo ainda maior de que nada daquilo terminasse.
Foram meses de interação, sedução, caos, cumplicidade, segredos, mentiras e verdades. Em alguns momentos, estavam unidos e apaixonados. Em outros, estavam distantes e distraídos.
Quanto mais ele se aproximava, mais ela fugia. Quanto melhor ela se sentia, mais ela evitava contato. Ela sabia que aquele homem poderia deixá-la vulnerável.
Inexplicavelmente, ele nunca desistiu. E aquela insistência ia revelando nela um lado da vida que ela não conhecia: a doação.
Num instante, sem muito pensar, ela o encorajou a encontra-la. Era o que ele precisava para tomar a atitude de viajar 550 km apenas para estar perto uma única vez.
E, em poucas horas, nada mais existia além de um só. Sim! Juntos, formavam um só. E não era preciso mais nada para transbordar.
Beijos,carícias, olhares, água, desejo, encantamento, entrega. E todo o destino mudou. Não havia mais como sair daquela energia que preenchia os dois.
Ele foi embora. E ela ficou. Ela foi com ele. E ele voltou.
Começou, então, um processo de renascimento. Como era impressionante a capacidade de cada um de fazer o outro renascer dia após dia. Era como se um estendesse a mão para o outro e o tirasse do fundo do seu poço interior. E foram renascendo. Recomeçando. Reorganizando. E serão precisos mais 50 anos de vida para tanto amor. Ou não....
*Para adquirir o livro Era Quase Amor, clique aqui.

Comentários